01 outubro 2007

Euros e escudos - o esclarecimento que faltava

Hoje debruço-me sobre uma temática premente nas sociedades europeias contemporâneas: o euro.

Não o Euro de futebol (calma rapazes, isso é só no Verão do próximo ano!) mas a moeda.

Quantas e quantas vezes ouvimos dizer ao cidadão anónimo que desde que chegou o euro a vida está mais cara, que já não temos o poder de compra de antigamente, que o dinheiro dura menos, etc, etc. E não, não é um fenómeno exclusivamente português, como alguns poderiam pensar, queixosos que somos sempre. Não, aqui nesta outra nação ibérica onde agora resido, com taxas de crescimento de mais de 3% ao ano, com superavit nas contas públicas, com desemprego reduzido e onde se oferecem 2500 euros para se ter bebés, passa-se o mesmo.

"Ah, que o dinheiro não chega a nada, que antes se jantava bem com 2.000 pesetas e hoje 15 euros não dá nem para tomar o pequeno almoço, que se levanta dinheiro quase todos os dias..."
Será esta percepção correcta ou andaremos todos enganados? A culpa será mesmo do euro?

Não, a culpa não é do euro, a culpa é de não sabermos fazer contas. Tirem um minuto para pensar e analisem: o escudo acabou quando? 31 de Dezembro de 2001. Quando hoje pegamos num valor em euros e o convertemos para escudos, qual é a noção de escudos que temos na cabeça? A de 2001. Ou seja, passamos olimpicamente por cima de 6 anos de inflação e traduzimos directamente 20 euros por 4 contos. Não admira que as coisas pareçam caras. Efectivamente, eu em 2001 conseguia comprar muita coisa com 4 contos e hoje 20 euros não duram nada. Obrigado... o meu pai em 1970 também andava de autocarro por 5 tostões...

2 Comments:

Blogger Ryder said...

Essa explicação é boa, mas não chega... Convém lembrar que um café custava 50 escudos e na mudança para o euro subiu para 40, 50 cêntimos (entenda-se, 80 a 100 escudos).

3/10/07 11:44  
Anonymous Anónimo said...

isso tb nao e culpa do euro mas sim dos comerciantes

4/4/08 10:07  

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