22 outubro 2005

Final Cut - A Última Memória (2/5)

É curioso ter ido à antestreia deste “Final Cut – A Última Memória” apenas alguns dias antes de ter visto “A Ilha” e ter pensado exactamente o mesmo sobre os dois: excelentes ideias, temas polémicos, maus filmes.
Já aqui disse tudo o que tinha a dizer sobre "A Ilha"e quanto a este “A Última Memória”, o filme é necessariamente diferente, mas a ideia que fica no final é a de que também não houve arte nem engenho para fazer um bom filme partindo de uma premissa inicial tão extraordinária: e se todas as nossas vivências estivessem a ser filmadas do ponto de vista de quem as vive e guardadas num chip implantado no nosso cérebro? Que fazer com essas memórias? Esse é exactamente o trabalho de Robin Williams, um editor profissional de memórias alheias e o único que consegue suportar olhar para as vidas dos outros sem se impressionar com aquilo que vê. Uma estória interessante, bons actores e tudo para ser um bom filme. Mas vão vê-lo e depois digam-me se no final não ficaram com aquela sensação de vazio...