10 novembro 2005

A Marcha dos Pinguins (4/5)

Fui ver "A Marcha dos Pinguins" apenas para comprovar a ideia que tinha de que era impossível fazer um filme de hora e meia sobre pinguins no meio do gelo sem aborrecer o espectador.
Enganei-me.
Pensava que os pinguins eram animais mais ou menos desinteressantes, ainda que fofinhos, sem qualquer tipo de história para contar. Pensava que um filme sem emoções, sem sentimentos e sem argumento estaria condenado à partida. Pensava, em suma, que filmes sobre pinguins só poderiam mesmo interessar a ecologistas ou a crianças. Estava enganado e a verdade é que dei por mim a sofrer pelo destino daqueles animais, como se de seres humanos se tratassem.
O filme, afinal, tinha tudo: heróis e vilões, drama e romance, emoção e suspense, e uma fabulosa narração que nos acompanha por todo o filme. O realizador, Luc Jacquet, conseguiu o grande feito de pôr animais a contracenar como se fossem actores, captando-lhes expressões e sons, e filmando-os nas diversas fases da sua vida.
E que vida, meu Deus! Quem achar que nós, humanos, sofremos muito nas vidas que levamos, olhe para os pinguins e aprenda. A fome, o frio, o isolamento e todo o género de privações são o quotidiano destes corajosos animais. E tudo para quê? Para defender essa mesma vida, valor supremo daquela comunidade, e assegurar a continuidade da espécie, tão difícil naquelas condições adversas.
A mãe Natureza pode orgulhar-se de ter sido aqui retratada em todo o seu esplendor.

1 Comments:

Blogger Ryder said...

Para este filme, não tenho palavras... Aliás, isto prova que uma imagem vale mais que mil palavras.

17/11/05 15:47  

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