23 dezembro 2005

Uma Vida Inacabada (4/5)

O último filme de Lasse Hallstrom, realizador que goza de muita simpatia na Academia de Hollywood, é também o seu melhor. A espaços, faz lembrar a seriedade e a carga dramática que Clint Eastwood costuma colocar nos seus filmes, especialmente em Mystic River ou, mais recentemente, em Million Dollar Baby.
Também aqui temos personagens amarguradas, raiva mal contida e muito que não é dito, sendo até mais importante aquilo que não sabemos do que aquilo que nos é revelado. Robert Redford e Morgan Freeman fazem uma dupla improvável (há quem sugira até, lá para o meio do filme, que eles serão gays...) mas que resulta numa das mais belas relações a que alguma vez se assistiu em cinema, muito para além da simples amizade, cumplicidade ou companheirismo. Depois, é bom também ver que Jennifer Lopez não sabe só fazer de "Maid in Manhattan" e que um urso até podia ser nomeado para actor secundário.
Em suma, um filme que explora com argúcia as relações humanas e familiares, com a dose exacta de drama e tragédia, sem sentimentalismos e falsos moralismos. Um filme para ver e reflectir.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É essencialmente um filme de actores e daqueles que já nada têm a provar. Daí a serenidade e a contenção dramática dos gestos e das palavras, como que a relembrar que os grandes filmes e os filmes para recordar não se fazem de excessos interpretativos e efeitos megalómanos.

27/12/05 21:42  
Blogger apipocamaisdoce said...

Oh, meu Deus... estão os dois possuídos..."excessos interpretativos e efeitos megalómanos"...

3/1/06 01:24  
Anonymous Anónimo said...

De modo a evitar a declaraçao de morte cerebral deste blog, venho por este meio solicitar ao seu respeitadíssimo proprietário que dê início às operaçoes de reanimaçao do dito cujo, escrevendo as críticas dos filmes que foi ver mas que parece nao querer partilhar com ninguém!
E o Óscar de sonso principal do ano vai paraaaaaaaaaaaa...

11/1/06 12:04  

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