14 julho 2006

O Código Da Vinci (3/5)

Já tudo se tinha dito, lido e escrito sobre o Código Da Vinci. Faltava o filme.
Acrescenta alguma coisa? Não me parece. Tem o mérito de ser certinho nos planos e composições artísticas, fiel à história, bem ritmado, não inventa nada e a verdade é que também não havia mais nada para inventar.
Vale pela cena final, pelos actores e pela boa adaptação de um livro que originalmente era já muito cinematográfico. Mas falta-lhe o efeito surpresa, a abordagem mais aprofundada ao problema que suscitou um debate mundial inédito (e que está longe de poder ser reduzido a uma cruzada contra a Igreja) e chego mesmo a duvidar que quem não tenha lido o livro e vá ver o filme perceba alguma coisa sobre o que está em causa, no meio de tantas corridas de automóveis, viagens de avião e perseguições em igrejas.
Eu vou guardar na minha memória o impacto que o livro me causou quando o li e a forma como me despertou para o tema do papel da mulher nas sociedades antigas (e porque não, em algumas das modernas), uma herança cultural que eu preferia não ter. Quanto ao filme, duvido que ainda me lembre dele no final deste Verão...