26 outubro 2005

Os Irmãos Grimm (1/5)

Há filmes que, não fosse a obrigação de manter este blog actualizado, dificilmente me arrancariam uma linha. Não por serem maus de verdade, mas simplesmente porque não acrescentam nada à arte em que se inserem e sobre eles não rezará a história.
É o caso deste "Os Irmãos Grimm".
Creio que a ideia seria fantasiar a vida de dois fantasistas de renome do século XIX, os famosos irmãos Will e Jake Grimm, autores de contos de fadas tão conhecidos como (agora não me lembro de nenhum), misturando algum sentido de humor montypythoniano (pelo menos foi o que me vendeu quem me obrigou a ver o filme) e aproveitando a boleia do sucesso que teve "Finding Neverland", biopic fantasiado sobre a vida do escritor de Peter Pan. Bom, se era essa a ideia, então o filme falha redondamente e não cumpre nenhum dos três objectivos. Se apenas se tratava de parodiar alguns dos mais famosos contos infantis, então nem aí se acerta porque até "Shrek" o fez muito melhor.
Em suma, um filme híbrido que não agrada nem a crianças nem a graúdos, feito por alguém de quem se esperava muito mais, já que Terry Gilliam, o realizador, é nem mais nem menos do que um dos membros dos Monty Python. Mas de Monty Python nem sombra, apenas a do lobo mau... muito, muito mau...

23 outubro 2005

Red Eye (3/5)

Quem olhasse para o cartaz fantasmagórico e para o nome do realizador (Wes Craven, o mesmo da trilogia "Scream"), poderia adivinhar mais um banho de sangue em versão cinematográfica, com o assassínio em massa de jovens universitários, desta vez tendo como pano de fundo um avião. Foi para isso que me preparei antes de entrar na sala de cinema e foi por afinal não se tratar de nada disso que de saí de lá agradavelmente surpreendido.
É apenas um filme simples e despretensioso, sem recurso a tecnologias, praticamente todo passado dentro de uma cabine de um avião e onde o ambiente claustrofóbico é superiormente recriado. Apesar de terem objectivos diametralmente opostos, os protagonistas conseguem criar uma estranha empatia e são muito convincentes nos seus papéis. A estória está bem estruturada e consegue prender sempre o interesse do espectador, alternando entre momentos mornos e momentos de grande tensão.
É bom saber que Wes Craven não sabe fazer só Screams...

22 outubro 2005

Final Cut - A Última Memória (2/5)

É curioso ter ido à antestreia deste “Final Cut – A Última Memória” apenas alguns dias antes de ter visto “A Ilha” e ter pensado exactamente o mesmo sobre os dois: excelentes ideias, temas polémicos, maus filmes.
Já aqui disse tudo o que tinha a dizer sobre "A Ilha"e quanto a este “A Última Memória”, o filme é necessariamente diferente, mas a ideia que fica no final é a de que também não houve arte nem engenho para fazer um bom filme partindo de uma premissa inicial tão extraordinária: e se todas as nossas vivências estivessem a ser filmadas do ponto de vista de quem as vive e guardadas num chip implantado no nosso cérebro? Que fazer com essas memórias? Esse é exactamente o trabalho de Robin Williams, um editor profissional de memórias alheias e o único que consegue suportar olhar para as vidas dos outros sem se impressionar com aquilo que vê. Uma estória interessante, bons actores e tudo para ser um bom filme. Mas vão vê-lo e depois digam-me se no final não ficaram com aquela sensação de vazio...

21 outubro 2005

A Ilha (0/5)

Um início prometedor, excelentes actores e um tema polémico.
Um final ridículo, actores perdidos no meio da acção, pirotecnia para todos os gostos, clichés de filmes de série B, uma enorme desilusão.
Este Michael Bay a mim não me apanha mais.

20 outubro 2005

Quem somos

- Somos um blogue dedicado à crítica cinematográfica, despretensioso, sem chavões e sem referências obscuras a filmes do Fellini que ninguém conhece (nem quer conhecer, ouviu bem, Xô Mário Jorge Torres, do Público?).
- Não somos um blogue de culto ao melhor filme da história do cinema, apesar de o termos escolhido para o nome.
- Somos um blogue "sai quando sai", ou melhor ainda, "sai quando vai" (ao cinema, pois claro!).
- Não somos influenciados por nenhuma distribuidora ou produtora cinematográfica, apesar das enormes pressões a que estamos sujeitos diariamente para darmos esta ou aquela classificação a este ou aquele filme.
- Somos independentes e gostamos de o ser.
- Não somos pela vida como ela é.

19 outubro 2005

Ladies and gentlemen,



Welcome to Jurassic Park.