09 setembro 2008

Ficheiros Secretos: Quero Acreditar (2/5)

Mais uma franchise ganhadora que não devia ter sido actualizada.

Depois da decepção de Indiana Jones, outra com este novo episódio cinematográfico de "Ficheiros Secretos. Não pelas mesmas razões (os efeitos especiais ficaram convenientemente de fora) mas pela banalidade da história, que podia ter servido perfeitamente como pano de fundo para um CSI Las Vegas (quem matou a Agente do FBI?) mas nunca para uma adaptação ao cinema de uma série de culto como foi "Ficheiros Secretos".

A chispa entre Mulder e Scully está lá, claro, mas o elemento "paranormal" desta vez é dado apenas por um padre ex-pedófilo que tem visões e chora lágrimas de sangue como a Virgem do Bangladesh. O resto é de um realismo mundano do mais terra-à-terra que há.

"Quero Acreditar"? Em quê? No padre pedófilo? No tráfico de órgãos? No FBI? Nunca um slogan surgiu tão desajustado ao enredo de um filme, mais parecendo que surgiu primeiro o slogan que a história.

"Quero Acreditar" que não voltam a fazer "Ficheiros Secretos" assim...

Wall-E (5/5)

A Casa-Mãe dos desenhos animados volta a fazer magia e a provar que não há limites para a imaginação.

Depois do melhor filme de animação de sempre (Ratatouille), chega mais um que compete directamente com o rato por esse título.

Não se pode ser mais fofinho que este robot organizado, arrumado, naíf, com expressão de caozinho abandonado e com muito amor para dar. Se já é difícil fazer um filme em que a personagem principal passa grande parte do tempo sozinho, por depender muito da capacidade do actor em expressar sentimentos apenas com a face e sem a ajuda de diálogos (lembro-me das interpretações magistrais de Will Smith em "Eu Sou a Lenda" e Tom Hanks em "Náufrago"), ainda o seria mais difícil para um boneco.

Mas a Dreamworks consegue-o de maravilha, recorrendo a um desenho apurado, pequenas rábulas que explicam a personalidade da personagem e expressões de cara que não imaginaríamos ver num actor de carne e osso, quanto mais num robot desenhado a lápis e borracha.

E se "Wall-E" talvez perca para "Ratatouille" no campeonato da fluidez de movimentos e riqueza pictórica (por ser, pela sua natureza, cenários e história necessariamente menos apelativo aos sentidos do que era "Ratatouille"), ganha por larga margem na capacidade de contar uma história com conteúdo e mensagem e por ter sabido escolher a personagem certa, na humanidade, simplicidade e sensibilidade, para esse fim.

Tropa de Elite (4/5)

O novo filme brasileiro que anda a fazer furor pelo mundo fora depois de "Cidade de Deus".

Mais real, mais cru, mais maduro.

O Cavaleiro das Trevas (5/5)

Oh sim, Christopher Nolan, sim!

És o melhor realizador do mundo na actualidade e apetece sempre que os teus filmes não acabem nunca.

O melhor nos cenários, nas ideias, nos planos, nos diálogos, nos desenlaces.

Filmas sempre com uma atenção ao detalhe, uma fobia de evitar clichés e estereótipos de Hollywood, uma vontade de deixar uma marca na história do cinema.

São certamente tuas as ideias de dar uma voz grave ao Batman, de converter o Batmobile em protagonista e claro, de revisitar o Joker, magistralmente interpretado por Heath Ledger e que deixa mais saudades do que Jack Nicholson.

Era capaz de ficar dias a ver filmes como este...

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (1/5)

Caro Indiana Jones:

A tua última aventura devia ter sido a que viveste no saudoso ano de 1989, profeticamente baptizada de "A Última Cruzada", na minha opinião a mais brilhante da trilogia, ao juntar como nenhuma outra acção, cultura e humor.

Mas não, tiveste que voltar para supostamente dar uma alegria aos fãs e ganhar mais uns trocos, que isto a vida está difícil para todos.

E aí estragaste tudo. Acabaste com aquilo que era mais precioso neste "não-herói": a sua ingenuidade e a sua faceta de anti-herói, igual a todos nós e usando como únicas armas a sabedoria e um chicote.

Rendeste-te aos clichés de Hollywood, com inacreditáveis cenas de acção inverosímil, efeitos especiais para todos os gostos e até uma cena de um casamento má demais para ser verdade.

A nota 1 que te dou é apenas por respeito à tua memória. Mas um zero redondo talvez se adequasse mais à pilhagem inclemente que foi feita à tua herança.

Sinceramente teu,
Parque Jurássico

Los Cronocrimenes (5/5)

Categoria: Thriller

Um filme inteligente, que surpreende e agarra o espectador desde a primeira cena e o deixa a pensar após a última.

Não é "Memento" mas anda lá perto...

Hancock (4/5)

Categoria: Fantasia

Um herói fora do normal, uma crítica acertada à maneira convencional de fazer filmes sobre super heróis, actores perfeitos para os seus papéis.